sábado, 8 de maio de 2010

Chances

Costumam dizer que o nosso fardo nesta terra é nascer, crescer, se reproduzir e morrer, reduzindo por uma ótica simplista os grandes feitos de quem por aqui já passou. Ainda que verdadeira, essa afirmação deixa de lado um aspecto importante da nossa a vida: as escolhas que fazemos. Ou melhor, que temos que fazer. Cedo ou tarde nos deparamos com a metáfora da encruzilhada em uma estrada: qual caminho percorrer? Quais as chances ao se escolher uma direção daquele caminho levar ao nosso destino final? E ao final da nossa jornada, quais os arrependimentos que teremos, nos questionando "e se tivessémos feito diferente"? Ou olharemos para trás e vendo toda a trilha percorrida, com seus percalços e acertos, sentiremos a sensação de dever cumprido? Em todas as áreas: pessoal, profissional, amorosa, acadêmica, as estradas da vida continuam a divergir, uma frente às outras, em uma infinidade de caminhos novos, para nunca mais retornarmos ao ponto de início. Uma vez escolhendo uma estrada, e a percorrendo, o caminho também nos escolhe e nos modifica. Nessas horas de dúvida é que mais me questiono o sentido disso tudo. Seria tudo parte de um plano já escrito há muito tempo, e não importa os caminhos que tomamos o que está no nosso destino, de certo, acontecerá? A ordem dos fatores realmente não altera o produto? Ou cada pequeno detalhe de nossa vida pode ser da maior importância ainda que não possamos perceber? Esquecer de acertar o alarme do despertador nos impede de sermos atropelados por um caminhão desgovernado no mesmo horário de sempre que atravessamos a mesma rua, todos os dias? Quais as chances disto tudo ser verdade? A verdade é que nunca teremos estas respostas e, ainda que valha pelo exercício do pensamento, esses questionamentos não ajudam muito quando temos escolhas reais a nossa frente. A escolha pela estrada menos trilhada, como no poema de Frost, sempre fez toda a diferença. Acho que a diferença está na oportunidade de fazer suas próprias escolhas e ainda que a estrada seja difícil e tortuosa, vai valer à pena, se você ainda acredita naquele primeiro sonho que você teve antes de começar a viagem...
"...Take all your chances while you can, you'll never know when they'll pass you by (...) It's all about your cries and kisses, those first steps, I can't calculate..."

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